EPISÓDIO 6

DULCINÉIA – a sonhadora
Dulcinéia, a copeira da escola onde trabalhava o renomado professor Galvão, 25 anos, cabelos longos e negros, tinha uma grande paixão: as novelas. E seu dia-a-dia dependia do que os autores iriam reservar de surpresa a cada capítulo. Ela vivia as situações, os romances e até assumia a personalidade dos artistas. Falava com propriedade da vida de cada um, como se fosse a sua, mas no fundo, Dulcinéia sonhava com um grande amor. Sonhava que algum dia um homem maravilhoso iria chegar, abraçá-la com carinho e sussurrar no seu ouvido aquela frase que já foi sussurrada 23.947.216 vezes nas novelas.
- “Eu nunca senti por mulher nenhuma o que estou sentindo por você. Eu te amo, Dulcinéia.”
Foi o professor Galvão que arranjara aquele emprego na escola para ela há quatro anos. E naquele estabelecimento, ela conquistou da simpatia de todos, principalmente dos alunos, que a adoravam. Daí a confusão que aprontou com Andie von der Ghlantèe, pensando que a lourinha fosse alguma top model e que os meninos adorariam conhecê-la.
Dulcinéia levou um susto no dia seguinte, quando recebeu um comunicado para comparecer à diretoria da escola. Ela chegou cabisbaixa, empurrou lentamente a porta e entrou. Uma mulher loura, vestida como se estivesse pronta para levantar-se da cadeira e sair diretamente para uma festa, começou a dizer.
- Dulcinéia...
- Professora Clarice, desculpe o que aconteceu!
- Deixe-me terminar, por favor!
A elegante diretora, com um gesto, convidou Dulcinéia para se sentar.
- O que passou por sua cabeça quando arrebanhou todo o colégio pra aprontar aquela confusão ?
- Senhora, a lourinha parecia tanto com a...
- Isto não justifica o que você fez, Dulcinéia!
A copeira começou a chorar baixinho, sem vontade, querendo fazer uma cena. E através das lágrimas, vislumbrou o rosto da diretora. Nenhuma emoção foi encontrada ali. Ela pensou, imaginando-se vista por cerca de 70 milhões de telespectadores:
- Essa cascavel vai me demitir! Logo eu, que preciso tanto deste emprego! Até parece aquela tal, daquela empresa, daquela novela, que acha que pode mandar em todo mundo.
Recolhendo uns CDs espalhados pela mesa, a diretora advertiu:
- Que isto não aconteça nunca mais, Dulcinéia!
- Tá certo, senhora! Vou pro Departamento Pessoal!
- Você trabalha lá agora?
- A senhora não deixou claro que vai me demitir? – disse a frase saboreando cada palavra, imaginando-se diante de uma câmera de TV.
- Demitir? Dulcinéia, você acha que nasci ontem? O colégio inteiro te adora! Imagina se vou “dar carne pro gato!”
Dulcinéia sorriu intimamente, imaginando-se uma daquelas personagens de novela que jamais diria o chavão que a diretora falou.
Clarice terminou de organizar a mesa, pedindo:
- Quero que sirva uns petiscos com caviar para uma pessoa lá do Senado que vem visitar o colégio. E vê se não confunde o homem com nenhum dos envolvidos em escândalos, senão você é capaz de chamar a Polícia Federal.
Continua no EPISÓDIO 7
Dulcinéia, a copeira da escola onde trabalhava o renomado professor Galvão, 25 anos, cabelos longos e negros, tinha uma grande paixão: as novelas. E seu dia-a-dia dependia do que os autores iriam reservar de surpresa a cada capítulo. Ela vivia as situações, os romances e até assumia a personalidade dos artistas. Falava com propriedade da vida de cada um, como se fosse a sua, mas no fundo, Dulcinéia sonhava com um grande amor. Sonhava que algum dia um homem maravilhoso iria chegar, abraçá-la com carinho e sussurrar no seu ouvido aquela frase que já foi sussurrada 23.947.216 vezes nas novelas.
- “Eu nunca senti por mulher nenhuma o que estou sentindo por você. Eu te amo, Dulcinéia.”
Foi o professor Galvão que arranjara aquele emprego na escola para ela há quatro anos. E naquele estabelecimento, ela conquistou da simpatia de todos, principalmente dos alunos, que a adoravam. Daí a confusão que aprontou com Andie von der Ghlantèe, pensando que a lourinha fosse alguma top model e que os meninos adorariam conhecê-la.
Dulcinéia levou um susto no dia seguinte, quando recebeu um comunicado para comparecer à diretoria da escola. Ela chegou cabisbaixa, empurrou lentamente a porta e entrou. Uma mulher loura, vestida como se estivesse pronta para levantar-se da cadeira e sair diretamente para uma festa, começou a dizer.
- Dulcinéia...
- Professora Clarice, desculpe o que aconteceu!
- Deixe-me terminar, por favor!
A elegante diretora, com um gesto, convidou Dulcinéia para se sentar.
- O que passou por sua cabeça quando arrebanhou todo o colégio pra aprontar aquela confusão ?
- Senhora, a lourinha parecia tanto com a...
- Isto não justifica o que você fez, Dulcinéia!
A copeira começou a chorar baixinho, sem vontade, querendo fazer uma cena. E através das lágrimas, vislumbrou o rosto da diretora. Nenhuma emoção foi encontrada ali. Ela pensou, imaginando-se vista por cerca de 70 milhões de telespectadores:
- Essa cascavel vai me demitir! Logo eu, que preciso tanto deste emprego! Até parece aquela tal, daquela empresa, daquela novela, que acha que pode mandar em todo mundo.
Recolhendo uns CDs espalhados pela mesa, a diretora advertiu:
- Que isto não aconteça nunca mais, Dulcinéia!
- Tá certo, senhora! Vou pro Departamento Pessoal!
- Você trabalha lá agora?
- A senhora não deixou claro que vai me demitir? – disse a frase saboreando cada palavra, imaginando-se diante de uma câmera de TV.
- Demitir? Dulcinéia, você acha que nasci ontem? O colégio inteiro te adora! Imagina se vou “dar carne pro gato!”
Dulcinéia sorriu intimamente, imaginando-se uma daquelas personagens de novela que jamais diria o chavão que a diretora falou.
Clarice terminou de organizar a mesa, pedindo:
- Quero que sirva uns petiscos com caviar para uma pessoa lá do Senado que vem visitar o colégio. E vê se não confunde o homem com nenhum dos envolvidos em escândalos, senão você é capaz de chamar a Polícia Federal.
Continua no EPISÓDIO 7
29 Comments:
Uia, chegay pra ler...To aki batendo ponto...Beijinhos estaladinhos...Rê
Ps: Adorando o q tô lendo
Rubo, tô adorando esse lance de acompanhar a história episódio por episódio! Bom dimais, camarada!
rindo deste final...
Sabe que me vi aí nesta mesa de diretora? Claro que sem a pose desta,né? Mas tem funções deste cargo que são um saco! rs...
O que será que Dulcinéia vai aprontar agora? Esperemos...
Beijocas
Rubo, ainda não faço ideia do final.
Liliane
Estou adorando e a Dulcinéia realmente é uma figura. Küssens mein Freund und Ich Danke Dir für die lieben Grüsse.
Olá!
Li o primeiro e o segundo episódio.Adorei!
Pode ter certeza que estarei aqui batendo ponto...rs.
beijão,bom final de semana
Cheguei no sexto episódio, tanto tempo que não "vejo" novelas. Muito bom. Certamente vou descer aos cap. anteriores para inteirar-me da trama. Abraços
Vamos ver o que a Dulcinéia noveleira vai aprontar agora...
(Huuummm...Caviar...Nada como um requinte na história, heim parceiro? Tô gostando.)
Um abração!
e-mail enviado, camarada!
Olá Rubo!
Rindo aqui da frase sussurrada não sei quantas vezes e cronometrada por vc (rs). Incrível como já a pronunciaram, hein? E sempre a mesma caninga nos ouvidos das jovens. Um texto bem escrito e com feitura de um bom narrador.
Um abraço...
oiiiiiiiiiiiii de uma passada em meu blog faz tempo que voce nao passa lá
tenha um otimo domingo
OI........ANDEI ACOMPANHADO OS 3 PRIMEIROS EPISODIOS, ESTOU ATRASADA, VOU COMEÇAR TUDO DE NOVO, E DEPOIS FAÇO UM COMENTARIO SÓ.
VC SUMIU, IMAGINO A VIDA DE ESCRITOR COMO TEM SIDO,MAS...
V~e se não esqueçe de mim.
Uma feliz idéia a sua, de publicar em capítulos: a expectativa e a ansiedade fazem buscar a continuação... o que faço agora, amigo Rubo. Continuo gostando... (que xiquê, essa de caviar na escola - e para figurão do senado??? hummm, sei, sei... rsrs).Super beijo!
TENTA ENTRAR DE NOVO.
http://rosasaron.blogspot.com/
v~e se não esqueçe de mim.
Infelizmente não ando com tempo para acompanhar e comentar. Deixo só meu abraço.
Dulcinéia me faz a amada de Dom Quixote!
:)
E quem nunca quis ser artista de televisão?
;)
Beijo.
MEU AMIGO TOU FAZENDO A TERAPIA SIM E TOU ATE TOMANDO REMEDIO !!!!
rsrsrsrsrsrsrsrs Tenho mesmo que rir, rir com a história da Dulcinéia, vejo que ela assume personagem que conhecemos por aí, de uma "intenuidade engenhosa", pra conseguir sobreviver em qualquer situação. Meu abraço, Rubo.
Dulcinéia tem o perfil de muitas sonhadoras por ai. Acho que muitas tem um pouco dela.
Adorando a "novelinha"...Doida pra ver no que isso vai dar.
beijos, bom início de semana
Rubo
Obrigada pela visita e só assim conheci sua Dulcinéia. Atrasada, terei que ler desde o início. Beijos
Que bom que não demitiram a Dulcinéia! Estou curioso para ver os próximos capítulos! Um abraço!
oiiiiiiiiiiiii amigão em qual bairro de belo horizonte voce mora ???
eu sou de bh tambem
abraços
Pois é Rubo, já li este episódio e aguardo o 7º.
Liliane de Paula
Vou passar rápido aqui...Curiosidade. É como capítulo de novela.
Vou prá frente.
Beijo.
Dora
Rubo, voltei das minhas curtas férias.
Fiquei imaginando quantas mulheres são idênticas à Dulcinéia, sonhando com o principe, com as emoções e infinitas situações novelescas.
Também, meu amigo querido, com um nome desses, impregnado de romantismo, ela não poderia ser diferente.
Sou sua fã, desde sempre, desde a ponta do lápis de onde surgem estas histórias.
Beijos
A confusão que a Dulcinéia aprontou no capítulo anterior, me fez pensar que ela fosse de uma certa idade, mas só tem 25 anos! O texto está ótimo! Estou rindo.
Devo concordar que achei que a Dulcinéia tivesse um pouco mais de idade, mas ao descobrir a tenra idade que ela possui fiquei espantada. Continuarei lendo com calma. Já que agora preciso cumprir as minhas tarefas. Espero que a sonhadora Dulcinéia não se meta mais em confusões.
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