EPISÓDIO 11
QUE MICO...
As serventes estavam lavando uma sala e acidentalmente deixaram escorrer água com sabão pelo corredor. Dulcinéia vinha carregando uma bandeja e falando ao celular quando escorregou e o aparelho voou longe. Uma garota morena, cabelos castanhos na altura dos ombros, com um diamante preso numa trancinha e aparelho nos dentes, numa agilidade incrível, pegou o celular antes mesmo que estilhaçasse no chão.
- Que mico! Ela estava com o celular desligado! Ih, quando você quiser falar no celular, tem de esperar alguém te ligar ou você ligar pra alguém. Tá sabendo? – esclareceu Tina, a filha do Ministro, entre gargalhadas.
- Me dá meu celular, creTina!
Falou Dulcinéia entre dentes, disfarçando para que ninguém a ouvisse e encarando com desafio a aluna de 1,68cm, a atacante do time de basquete do colégio.
Nesse momento veio chegando Andie. Usava uma minissaia jeans com a barra desfiada e uma blusa vermelha de alcinhas. Sem olhar para Dulcinéia, parou de frente as duas e cruzou as pernas. Exibia uma caríssima sandália, que parecia desenhada exclusivamente para os seus pés. Sorridente, dirigiu-se a Tina.
- E aí?
Tina começou a falar, Andie rapidamente entendeu a situação.
- Qual é, Tina! Entrega o celular da copeira!
- Meu nome é Dulcinéia, branquela!
- Entregue o celular de Dulcinéia, Tina!
- Andie, ela fingia que falava com alguém no celular. – Tina cai na risada outra vez, enrolando a trancinha com o dedo.
- Deixa pra lá! Vamos ao shopping? Minha grana já tá na conta! - convidou e descruzou as pernas, movimentando-se na direção da saída da escola.
- Que grana, Andie?
- Qual é, Tina? Bateu a cabeça? Não sabe que grana? – falou baixinho, como se contasse um segredo.
Através da janela do Laboratório de Línguas, alguém observava a briga de Dulcinéia e Tina. Quando viu Andie chegar, seu coração acelerou. E acelerou muito mais quando as duas amigas saíram quase correndo. Ao perdê-las de vista, o professor Galvão voltou ao seu trabalho de tradução. No entanto, a mente divagava. Quando percebeu, o pequeno texto que ele deveria passar para o francês estava todo em alemão. Pensativo, embolou o papel e atirou-o no lixo. Olhou novamente pra fora e só viu as serventes trancando a sala já limpa. Subitamente, ele sentiu vontade de sair correndo dali e procurar Andie. Achou engraçado o desejo. Não era de cometer loucuras. A sensatez é que o tornara uma pessoa respeitável no colégio.
De uma outra ala da escola, alguém mais observou a cena, porém com uma diferente intenção.
- Vou proibir a entrada dessa garota aqui no colégio – falou Clarice em voz alta, fechando a persiana.
As serventes estavam lavando uma sala e acidentalmente deixaram escorrer água com sabão pelo corredor. Dulcinéia vinha carregando uma bandeja e falando ao celular quando escorregou e o aparelho voou longe. Uma garota morena, cabelos castanhos na altura dos ombros, com um diamante preso numa trancinha e aparelho nos dentes, numa agilidade incrível, pegou o celular antes mesmo que estilhaçasse no chão.
- Que mico! Ela estava com o celular desligado! Ih, quando você quiser falar no celular, tem de esperar alguém te ligar ou você ligar pra alguém. Tá sabendo? – esclareceu Tina, a filha do Ministro, entre gargalhadas.
- Me dá meu celular, creTina!
Falou Dulcinéia entre dentes, disfarçando para que ninguém a ouvisse e encarando com desafio a aluna de 1,68cm, a atacante do time de basquete do colégio.
Nesse momento veio chegando Andie. Usava uma minissaia jeans com a barra desfiada e uma blusa vermelha de alcinhas. Sem olhar para Dulcinéia, parou de frente as duas e cruzou as pernas. Exibia uma caríssima sandália, que parecia desenhada exclusivamente para os seus pés. Sorridente, dirigiu-se a Tina.
- E aí?
Tina começou a falar, Andie rapidamente entendeu a situação.
- Qual é, Tina! Entrega o celular da copeira!
- Meu nome é Dulcinéia, branquela!
- Entregue o celular de Dulcinéia, Tina!
- Andie, ela fingia que falava com alguém no celular. – Tina cai na risada outra vez, enrolando a trancinha com o dedo.
- Deixa pra lá! Vamos ao shopping? Minha grana já tá na conta! - convidou e descruzou as pernas, movimentando-se na direção da saída da escola.
- Que grana, Andie?
- Qual é, Tina? Bateu a cabeça? Não sabe que grana? – falou baixinho, como se contasse um segredo.
Através da janela do Laboratório de Línguas, alguém observava a briga de Dulcinéia e Tina. Quando viu Andie chegar, seu coração acelerou. E acelerou muito mais quando as duas amigas saíram quase correndo. Ao perdê-las de vista, o professor Galvão voltou ao seu trabalho de tradução. No entanto, a mente divagava. Quando percebeu, o pequeno texto que ele deveria passar para o francês estava todo em alemão. Pensativo, embolou o papel e atirou-o no lixo. Olhou novamente pra fora e só viu as serventes trancando a sala já limpa. Subitamente, ele sentiu vontade de sair correndo dali e procurar Andie. Achou engraçado o desejo. Não era de cometer loucuras. A sensatez é que o tornara uma pessoa respeitável no colégio.
De uma outra ala da escola, alguém mais observou a cena, porém com uma diferente intenção.
- Vou proibir a entrada dessa garota aqui no colégio – falou Clarice em voz alta, fechando a persiana.
E no EPISÓDIO 12... Felício ficou impaciente e resolveu sair, mas viu as duas pegando um táxi. Decepcionado, voltou a se sentar, quando ouviu soar um alarme no Galeria e pessoas correndo. No mesmo instante, seguranças armados avançavam...
Conheça meu blog de contos: Na Ponta do Lápis
16 Comments:
RUBO INFORMA:
Ganchos (mistérios) que ainda serão resolvidos:
- EPISÓDIO 1
O roubo de jóias/pedras em Budapest.
O porquê da batida policial no trem.
Andie - porque foi revistada.
Quem era o homem de fisionomia coreana que falou com ela pelo monitor da TV.
Quem jogou pela janela os brincos em forma de bulbo.
- EPISÓDIO 2
Sem gancho.
- EPISÓDIO 3
Andie - porque foi ao colégio do prof. Galvão procurar emprego.
- EPISÓDIOS 4 e 5
Andie - com quem foi confundida (Você resolve. A comparação é sua).
- EPISÓDIOS 6 e 7
Dulcinéia - o cavaleiro de cabelos desgrenhados dos seus sonhos.
- EPISÓDIOS 8 a 10
Yana Bahra - o que a atriz escondeu no sapato de bico fino.
Andie – porque mentiu pra Felício sobre o vídeo. Porque fingiu que ia a uma loja e tomou outra direção. Onde ela foi?
Estou gostando muito da história e gostei de saber dos ganchos que serão resolvidos...Küssens.
Eita, Rubo!
Fazendo um suspense de roer unhas! E agora ainda põe mais lenha na fogueira, nos lembrando de todos os ganchos ainda sem solução... risos.
Agora aparece a tal creTina, a filha do Ministro (do quê?), assim com Andie... e o pobre professor Gavião gamadão na loirinha cheia de segredos.
Vamos que vamos! Tá pronto o 12º episódio?
rubo tou pensando em tambem colocar uma novela minha na internet
esta e a sinopse :
O excêntrico milionário william organiza uma festa em sua mansão no Alto da Boa Vista, bairro do Rio de Janeiro, para recepcionar a princesa italiana Olimpia Boncompagni, de visita ao Brasil. Entre socialites e penetras, gente de todo o tipo. Como o fora-da-lei Boneco, que, ao assaltar uma residência, encontra um convite e vê na festa uma oportunidade para se dar bem. E a jovem Sílvia, que vai à recepção atrás do namorado Cauê.
A noite cintilante da alta sociedade, no entanto, terminaria com um crime passional. Todos os 24 convidados da festa são suspeitos, assim como as outras pessoas que estiveram na mansão durante o evento.
Já sei!! Você está criando mais personagens para deixar a trama bem novelesca e cheia de ação!! Porque a sua história é baseada nas aventuras e diálogos, deixando para o leitor a "tarefa" de perceber os traços de personalidade através dessa técnica. A Tina, creTina, você já "pintou" como sendo uma mocinha bem "cruelzinha"...rs E o professor apaixonado é "só emoção"!! Eita!
Vamos em frente, que esse "mico" da Dulcinéia me deixou morta de peninha dela!!!
Beijão!
Dora
Rubo achei bom os ganchos pq voltei a pegar no fio da meada.
Liliane de Paula
Rubo...Oia eu aki passando pra acompanhar bemmmmm de pertinho...Está quase uma novela!Beijinhus querido...Rê
Hummmm, Rubo, você está me deixando cada vez mais curiosa e ansiosa.
Agora, fiquei com pena da Dulcinéia, tadinha!
Como sou romântica, já fico imaginando mil destinos para ela.
beijos
Não sei reproduzir a rizada. Mas é sensacional essa Dulcinéia andando com um bandeja e falando ao celular desligado...
Abraços amigo.
Olá amigo: mais um capítulo com suas inevitáveis tramas. E os grandes mistérios ainda a resolver... Eu acho e torço para a Andie ainda gostar do professor. Pois é, o suspense continua! Esperemos, esperemos...
Um abraço...
Caro Rubo. Obrigado pelo comentário. Também acho que é difícil ler romance na internet. Não sei se eu leria. Mas estou escrevendo pela internet não tanto para ser lido mas porque é a única forma que encontrei de conseguir escrever. Um abraço.
ai, esses micos de cada dia, hein?!
Rubo, esta Andie tem geredo um montão de dúvidas, pelo comportamento contrraditório, não é?
Quem será de fato esta menina?Abraços e meus parabéns pela sua criatividade. .
Me diz uma coisa? Vc já tem a história pronta ou vem escrevendo-a episódio a episódio, inclusive com o feed-back dos comentários?
Vou ler o próximo...
Bjs
Tina foi um tanto quanto cruel ao mostrar o que estava acontecendo, menos prezando desta forma a Dulcinéia. Mas neste episódio, podemos ver algo mais. O professor está realmente abalado. Clarice notou isso, ou ela viu apenas o ocorrido entre as alunas e Dulcinéia? Huuum.. Mistérios.. Mistérios... O que Andie está aprontando ao falzr sobre uma grana que ela recebeu? Seria apenas uma peça que ela está a pregar?
Nesse episódio, caro Rubo, você demonstrou maestria no domínio do conflito literário. A ação dramatúrgica só acontece pra valer no conflito. É isso que dá sustança para a trama. E esse episódio contribuiu bastante para o desenrolar de sua trama. Parabéns. Um forte abraço.
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