EPISÓDIO 23
JÚLIA, MÃE DE TINA, ESPOSA DO MINISTRO, APARECEU NA TRAMA PELA PRIMEIRA VEZ NO EPISODIO 13 - O TROCO - APÓS O ASSALTO NO SHOPPING GALERIA.
SUTILEZA? FUTILIDADE? ESPERTEZA?
- Cozinheira, o que você está fazendo?
- Preparando o almoço!
- Nada disso! Hoje vou fazer regime. Quem quiser comer, peça pizza!
- Mas dona Júlia...
- Nada de “dona Júlia”. Madame, ouviu?
- Sim, madame!
Júlia sai estabanada, passando os dedos nos móveis.
- Essa casa está muito suja! Cadê a arrumadeira?
- Não sei, madame!
- Procure saber. Traga-a aqui. Agora! Quero ver a cara dessa faxineira! Se é que ela existe!
Júlia senta-se no sofá, esticando as pernas sobre a mesinha do abajur, enquanto Penha sai à procura da arrumadeira. Quando a encontra, vai logo prevenindo:
- A tal da madame tá o bicho hoje!
- Ai meu Deus!
- É bom rezar mesmo! Tá chamando você. Leve espanador, flanela...
Ao ver a moça entrando na sala, Júlia vai logo gritando:
- Arrumadeira, na sua casa tem espanador? Você sabe como usar? Limpe logo esses móveis!
- Mas senhora...
- Senhora é a senhora sua mãe! Me chame de madame!
- Madame...
O telefone toca. Júlia corre para atender. Fala disfarçadamente, dando as costas aos empregados.
- Daqui a pouco encontro você!
Desliga o telefone e grita, gesticulando:
- Arrumadeira, pegue o vestido preto e os sapatos que deixei em cima da cama. Rápido!
A moça sobe as escadas correndo e mais correndo ainda, volta. Entrega as roupas à Júlia, que tira o hobby de seda ali mesmo, exibindo um corpo lipoaspirado e perfeito.
No mesmo instante, entra na sala um rapaz. Ao vê-la seminua, vira-se de costas. Júlia da uma gargalhada.
- Pode entrar, jardineiro!
Depois, remexendo os cabelos excessivamente negros de tintura, anuncia:
- Vou sair para trair o meu marido.
Em seguida, como se estivesse arrependida do que falou:
- Vou sair. Se meu marido ligar, diga que estou na sauna!
Sai rindo, cantarolando e rebolando. Quando chega na porta, adverte os empregados, esticando o dedo:
- Olho no meu filho, o Pedro Henrique, hein! Cadê a Tina, gente?
Nem espera a resposta. Pega o carro e se arranca dali, dando gargalhadas. O som da música ainda se ouve quando ela chega no portão.
Essa é a esposa do ministro. Lindíssima. Corpo malhado. Morena de bronzeado artificial. Olhos de um castanho mais chegado a mel. Elegantérrima. Pretensiosamente refinada. Entretanto, de uma grosseria fora do comum para com os empregados. Nunca os chamava pelo nome e sim pela profissão que cada um exerce.
Aborrecida com os maus tratos, a arrumadeira sugere:
- Essa madame pensa que “tem o rei na barriga”. Vamos armar uma pra cima dela?
Timóteo, o jardineiro, argumenta, deixando da sala:
- Você perdeu o juízo?
E Penha:
- Falando em perder, não vou botar o meu emprego em risco. Tenho dois filhos pra criar. Deixa essa doida pra lá. Conheço as maluquices dela há 11 anos.
Você nem imagina com quem Júlia se encontrou. Não percam o EPISÓDIO 24 – A TRAIÇÃO. E no blog de contos, Na Ponta do Lápis , uma aulinha de português.
SUTILEZA? FUTILIDADE? ESPERTEZA?
- Cozinheira, o que você está fazendo?
- Preparando o almoço!
- Nada disso! Hoje vou fazer regime. Quem quiser comer, peça pizza!
- Mas dona Júlia...
- Nada de “dona Júlia”. Madame, ouviu?
- Sim, madame!
Júlia sai estabanada, passando os dedos nos móveis.
- Essa casa está muito suja! Cadê a arrumadeira?
- Não sei, madame!
- Procure saber. Traga-a aqui. Agora! Quero ver a cara dessa faxineira! Se é que ela existe!
Júlia senta-se no sofá, esticando as pernas sobre a mesinha do abajur, enquanto Penha sai à procura da arrumadeira. Quando a encontra, vai logo prevenindo:
- A tal da madame tá o bicho hoje!
- Ai meu Deus!
- É bom rezar mesmo! Tá chamando você. Leve espanador, flanela...
Ao ver a moça entrando na sala, Júlia vai logo gritando:
- Arrumadeira, na sua casa tem espanador? Você sabe como usar? Limpe logo esses móveis!
- Mas senhora...
- Senhora é a senhora sua mãe! Me chame de madame!
- Madame...
O telefone toca. Júlia corre para atender. Fala disfarçadamente, dando as costas aos empregados.
- Daqui a pouco encontro você!
Desliga o telefone e grita, gesticulando:
- Arrumadeira, pegue o vestido preto e os sapatos que deixei em cima da cama. Rápido!
A moça sobe as escadas correndo e mais correndo ainda, volta. Entrega as roupas à Júlia, que tira o hobby de seda ali mesmo, exibindo um corpo lipoaspirado e perfeito.
No mesmo instante, entra na sala um rapaz. Ao vê-la seminua, vira-se de costas. Júlia da uma gargalhada.
- Pode entrar, jardineiro!
Depois, remexendo os cabelos excessivamente negros de tintura, anuncia:
- Vou sair para trair o meu marido.
Em seguida, como se estivesse arrependida do que falou:
- Vou sair. Se meu marido ligar, diga que estou na sauna!
Sai rindo, cantarolando e rebolando. Quando chega na porta, adverte os empregados, esticando o dedo:
- Olho no meu filho, o Pedro Henrique, hein! Cadê a Tina, gente?
Nem espera a resposta. Pega o carro e se arranca dali, dando gargalhadas. O som da música ainda se ouve quando ela chega no portão.
Essa é a esposa do ministro. Lindíssima. Corpo malhado. Morena de bronzeado artificial. Olhos de um castanho mais chegado a mel. Elegantérrima. Pretensiosamente refinada. Entretanto, de uma grosseria fora do comum para com os empregados. Nunca os chamava pelo nome e sim pela profissão que cada um exerce.
Aborrecida com os maus tratos, a arrumadeira sugere:
- Essa madame pensa que “tem o rei na barriga”. Vamos armar uma pra cima dela?
Timóteo, o jardineiro, argumenta, deixando da sala:
- Você perdeu o juízo?
E Penha:
- Falando em perder, não vou botar o meu emprego em risco. Tenho dois filhos pra criar. Deixa essa doida pra lá. Conheço as maluquices dela há 11 anos.
Você nem imagina com quem Júlia se encontrou. Não percam o EPISÓDIO 24 – A TRAIÇÃO. E no blog de contos, Na Ponta do Lápis , uma aulinha de português.
posted by Rubo Medina @ 6:43 AM
11 comments
11 Comments:
RESUMO EPISÓDIO 22 - final
1 - DULCINÉIA pega o ônibus do motorist de "dentes de dar prejuízo ao dentista".
2 - Ele a reconhece, puxa conversa.
3 - Ele diz que estava na fila dos bolsistas no lugar da irmã.
4 - CAIO - o motorista, pede a Dulcinéia pra não perder nunca aquele ônibus(o que ele dirige naquele horário).
Essa Julia não é nada fácil. Com quem será o encontro misterioso? Pobre ministro. E os empregados,tem que aguendar as grosserias pela necessidade do emprego. Mera semelhança com o real? Rsrs. Bem conto show. Adorei. Aguardo o restante ja estou muito curioso.
Abraços
Quanto preconceito em cima da Júlia(risos)só pq continua vaidosa?
Reli os episódios anteriores. Quase sempre preciso fazer isso´para me situar. É bom reler.
Liliane de Paula
Nossa, mais uma personagem feminina interessante surge para apimentar a história. Interessante a descrição dela, consegui visualisá-la. Isso é bom! Agora quero saber com quem ela trai o pobre ministro, hehehe! Rubo, obrigado por comentar no post de aniversário do Tele-Visão. Seus comentários são sempre importantes. Grande abraço!
oiiiiiii meu escritor favorito ... quando sai o seu livro ? ... meha beijosssss rsrsrs
Madames assim tem que levar aprontações mesmo.Não custa um pouco de mel nos lábios. Tomara que seus funcionários aprontem para ela. Beijo!
Olá amigo: essa Júlia não é flor que se cheire, hein? Vai terminar aprontando pra cima do marido. Já deixou o homenzinho entrar quando estava se trocando... é sinal que tá doida pra 'rodar a bolsinha'. Sei não, mas tratar os empregados deste modo... E o suspense continua...vamos aguardá-lo com ansiedade.
Um abraço...
Gostei...Gostei da descrição da "perua", coroa, malhada,(deve ser fútil!!), mal educada para com os serviçais, exigente, "poderosa" e adúltera! Uma pessoa que eu não queria conhecer pessoalmente, nem que estivesse sozinha na face da terra! rsrrss
Ótimo capítulo!
Ela vai se encontrar com quem????
Beijão!
Dora
Mais eu tô falando!
Essa doida da Júlia, linda de abrir sorriso de orelha a orelha nos melhores cirurgiões plásticos do país, tá tendo um caso com o Caio, o motorista chileno de dentes de dar prejuízo ao dentista.
Veja só as coincidências:
1. ele aparece na vida da Dulcinéia assim, de repente e sem explicação.
2. Reaparece num estranho acidente de ônibus bem em frente a janela da madame charlatã que estava lendo cartas para a Dulcinéia.
3. Torna a aparecer na fila da bolsa (ah! bolsa pro sobrinho, pois a mãe do menino estava viajando) e bem na escola em que trabalha nossa antí-heroína!
4. Novamente aparece dirigindo o ônibus quando ela ia para casa e pede-lhe que não perca o ônibus do outro dia, pois no dia seguinte ele estaria de folga. E mesmo de folga, não a convida pra uma saidinha.
PIMBA! Ele já tinha um encontro marcado com a megera mãe da Tina e do Pedro Henrique (será um novo personagem?).
Agora, a arrumadeira e o jardineiro (ambos viram a perua nua) querem aprontar alguma para a cruela. Só a cozinheira que fica em dúvida, sabe-se lá por quê.
Mistérios e mais mistérios nesta história. Isto aquí tá ficando bão dimais!
ARGH! Como esta Júlia é insuportável! Veja só, além de maltratar os empregados ainda é cara dura de dizer sem papas na língua que vai trair o marido. Mas quando você nos instigou a nos pergutarmos quem ela vai encontrar. As suspeitas já rodam em alta em minha cabeça. Mas prefiro esperar para ver.
Foi bom você ter resgatado esta pesonagem. Ela é boa para dar panos para mangas. Tanto que já criou uma situação conflituosa com o "amante". E quem será que ela foi encontrar? Estamos aqui só acompanhando!
Um abração, Rubo.
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